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    Copa América deixa de ser ‘de Messi’. Agora é ‘de Neymar’

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    Houve revolta, ontem, na concentração da Argentina.

    A divulgação que a Copa América foi transferida para o Brasil irritou os atletas de Lionel Scaloni.

    Por um motivo muito simples, de acordo com jornais de Buenos Aires.

    Será muito mais difícil para o time argentino realizar o sonho de conquistar um título, com a seleção principal com Lionel Messi. O jogador, que completará 34 anos daqui 23 dias, só venceu com a medalha olímpica com a camisa argentina.

    E havia uma certeza muito grande não só na imprensa, como entre os atletas do selecionado bicampeão do mundo. Que esta Copa América seria a da consagração de Messi.

    Ela já deveria ter acontecido em 2020. Disputada na própria Argentina e Colômbia. Mas veio a pandemia e sabotou os planos da AFA. Não haveria mais a comunhão entre torcedores e Messi. Depois, os governos colombianos e argentinos desistiram da competição.

    Foi quando a Copa América que deveria ser ‘de Messi’, tem tudo para ser ‘de Neymar’. A responsabilidade brasileira dobrou com a transferência da disputa sul-americana para cá.

    Tanto que a assessoria de imprensa da CBF correu ontem pela manhã, com o país anunciado como a nova sede. Tratou de cancelar as entrevistas de Fred e Paquetá, relacionados para enfrentar Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.

    Os jogadores precisavam ser orientados sobre como se posicionar sobre a Copa América.

    Porque a situação mudou.

    Neymar que, desde a Copa das Confederações, em 2013, não vence uma grande competição com o time principal brasileiro. Já faz oito anos.

    Tite, que sempre montou seu time tendo como ponto de partida Neymar, sabe da responsabilidade. Em 2019, sem o principal talento brasileiro, a Seleção não teve dificuldades extremas para vencer a Copa América.

    Agora, com Neymar, deveria ser tudo mais fácil.

    Só que a pandemia mudou tudo. O Brasil está há seis meses sem entrar em campo. Falta entrosamento à equipe. E, mesmo sem torcida, terá a pressão para conquistar a competição. O treinador terá só os jogos contra o Equador e o Paraguai. 

    Neymar já tem os holofotes voltados para ele, normalmente. Só que, de novo envolvido em acusação de assédio sexual, o jogador do PSG fará de tudo para que o episódio seja esquecido. O foco desviado.

    E nada melhor do que uma enebriante conquista para que cessem as críticas ao seu comportamento fora do gramado.

    Neymar não estava na Copa América de 2019.

    Daí a chance de redenção, no torneio sul-americano.

    A chance de nova reviravolta na carreira está no fato de jogará como gosta. Flutuando na intermediária ofensiva. Por onde quiser. Pela direita, esquerda, pelo meio. O importante é que será referência para a retomada de bola no meio-campo.

    Toda a responsabilidade que foi de Messi, passará a ser de Neymar.

    A obrigação será de conquista de título.

    Basta o governo brasileiro confirmar oficialmente a competição.

    E as cobranças começarão.

    Ele sabe disso.

    A Copa Amérida ‘de Messi’, passou a ser a ‘de Neymar’…

    Por R7