Por Felipe Gutierrez, G1
Em um dia em meados do mês de setembro, a brasileira Janadark de Oliveira e Silva chegou ao colégio onde trabalha, na ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, e perguntaram se ela havia sentido o terremoto na noite anterior.
Os tremores de terra que Janadark começou a sentir eram um aviso de que haveria uma erupção vulcânica na ilha onde ela vive há 13 anos, e onde teve sua filha, de 12 anos.
Os abalos foram se repetindo: “A todo momento era um ou outro. Até que no domingo teve um muito forte. Eu saltei da cama já de pé. A cama tinha mexido de lugar”, conta. O vulcão havia entrado em erupção na ilha.
Janadark mora a cerca de 10 quilômetros do vulcão, e a casa dela não está no caminho da lava, que já obrigou uma parte da população a deixar suas residências. Mas mesmo assim a rotina viu sua rotina mudar bastante.
“O barulho é horrível, parece um caça aéreo passando no céu a todo momento”, relata.
Há momentos de silêncio, mas frequentemente sua família volta a ser acordada durante a noite, segundo Janadark.
“As sacudidas nos fazem levantar com medo, pensando que a casa vai cair. Está difícil, [a situação] dá muita ansiedade, tenho vontade de dormir na rua”, afirma.