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    Fuzis apreendidos do bando do miliciano Tandera equivalem a R$ 1,3 milhão

    Por O dia

    As armas apreendidas por Policiais da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco-IE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) em um terreno baldio no Cabuçu, em Nova Iguaçu, nesta quinta-feira (25), do grupo miliciano comandado por Danilo Dias, o Tandera, equivalem ao total de R$ 1,3 milhão. Ao todo foram apreendidos 16 fuzis e três espingardas, além de carregadores, munição e um radiotransmissor.

    A ação foi realizada para verificar informações produzidas por meio de um trabalho de inteligência que indicavam a existência de um imóvel que seria utilizado como “paiol de armas” e “base operacional” da milícia. Os policiais foram ao lugar, realizaram um cerco e verificaram que o imóvel estava vazio. Após buscas, o armamento foi localizado e, em seguida, encaminhado para a Cidade da Polícia.

    O bairro onde as armas foram encontradas é o mesmo em que o ‘caveirão da milícia’ foi apreendido na última terça-feira (23). De acordo com o delegado da Draco, André Leiras, a apreensão é fruto de investigações e foi seguida de operações sucessivas que ocorrem desde o fim de semana.

    “Não podemos esquecer que na operação de sábado que morreram criminosos conhecidos como Delsinho e Fofo também foram apreendidos três fuzis e duas pistolas, então tem que somar, porque é a mesma milícia. Foram operações sucessivas, morte das lideranças, apreensão do carro-forte e dos fuzis de ontem. Fizemos um cálculo de que as armas equivalem a R$ 1,3 milhão”, explicou.

    A ação que ocasionou a morte das lideranças a que o delegado se refere trata-se do confronto entre os milicianos e a Polícia Civil em Nova Iguaçu, na Baixada, que deixou mortos o suspeitos identificados como Delson de Lima Neto, o Delsinho, irmão do miliciano, Renato Alves Santana, o Fofo, que ocupa a terceira posição no grupo paramilitar, e Tizil e Neguinho, que atuavam na segurança do irmão de Tandera.

    Em relação ao carro-forte, a polícia tenta identificar o proprietário e a origem do veículo. Considerado uma espécie de ‘caveirão da milícia’ ele era utilizado em áreas de risco, para chegar ao ponto de confronto de maneira rápida e segura e em confrontos com milicianos rivais e traficantes. Além de ser usado também como forma de intimidação. O veículo foi encaminhado a Cidade da Polícia, onde passou por perícia na última quarta-feira (24).