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    STF: Barroso manda apurar genocídio de indígenas no governo Bolsonaro

    Por Manoela Alcântara, Metrópoles

    O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (30/1) que a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério Público Militar (MPM), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ) e a Superintendência Regional da Polícia Federal de Roraima apurem a possível participação de autoridades do governo Jair Bolsonaro (PL) no cometimento de crimes dos crimes de genocídio, desobediência, quebra de segredo de Justiça e de delitos ambientais relacionados à vida, à saúde e à segurança de diversas comunidades indígenas.

    Em despacho na Petição (Pet) 9585, que tramita em sigilo, o ministro remeteu às autoridades documentos que, em seu entendimento, “sugerem um quadro de absoluta insegurança dos povos indígenas envolvidos, bem como a ocorrência de ação ou omissão, parcial ou total, por parte de autoridades federais, agravando tal situação”.

    O ministro do STF ressaltou, por exemplo, a publicação no Diário Oficial, pelo então ministro da Justiça Anderson Torres, de data e local de realização de operação sigilosa de intervenção em terra indígena. Os indícios são de alteração do planejamento no momento de realização da Operação Jacareacanga, pela Força Aérea Brasileira (FAB), resultando em alerta aos garimpeiros e quebra de sigilo, comprometendo a efetividade da medida.

    Segundo o ministro, os fatos ilustram “quadro gravíssimo e preocupante” e também a suposta prática de múltiplos ilícitos, com a participação de altas autoridades federais.

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