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    Fitch eleva nota de crédito da Petrobras para BB, com perspectiva estável

    Por G1

    Agência de classificação de risco também elevou a nota de outras empresas brasileiras, seguindo a melhora no risco de crédito do país.

    A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito de longo prazo da Petrobras de BB- para BB nesta segunda-feira (31), com uma perspectiva de estabilidade para a companhia.

    Segundo o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, a elevação vem ao encontro da redução do custo de capital da empresa, com a “consequente geração adicional de valor para os investidores”.

    “A Fitch reconhece, na sua avaliação, a solidez financeira da Petrobras. Seguiremos trabalhando para que a Petrobras seja percebida cada vez mais como um investimento seguro e rentável”, afirmou o executivo, em entrevista à Agência Brasil.

    O aumento da nota da companhia, que é a maior do país, vem na sequência de uma melhora na nota de crédito soberana do país, que passou de BB- para BB na semana passada, também com perspectiva estável.

    De acordo com a agência, “a elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado, em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que sustentaram este desempenho, bem como a expectativa da Fitch de que o novo governo se empenhará em realizar melhoras adicionais”.

    A Fitch também elevou a nota de crédito de outras empresas brasileiras, algumas passando de BB para BB+, como a Sabesp, a Energisa, a Comgás, a Localiza e a Rede D’Or São Luiz e a Globo, por exemplo.

    Nova remuneração aos acionistas e mudanças na política de preços

    A melhora na nota da estatal acontece depois da empresa anunciar mudanças na sua política de remuneração aos acionistas. Na última sexta-feira (28), a companhia emitiu um comunicado ao mercado que, entre outros pontos, permite a possibilidade de recompra de ações como forma de remunerar os seus acionistas.

    Há pouco mais de dois meses, também, a Petrobras anunciou uma mudança na sua política de preços, substituindo a política de paridade de importação (PPI). Nesse período, os preços dos combustíveis no mercado externo descolaram dos valores praticados pela empresa e vêm testando a nova estratégia.

    Sobre isso, a Petrobras informou, nesta segunda, que tem observado os desdobramentos do petróleo no mercado internacional e os impactos sobre o Brasil e que “eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes”.

    “A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”, diz um comunicado.