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    Da seca extrema à cheia histórica: entenda os fatores climáticos que fazem o Acre viver nova emergência

    Por Yuri Marcel, Renato Menezes, Júlia Carvalho, g1

    Poucos meses separam o ápice de uma seca severa e a chegada de enchentes devastadoras no Acre. Para entender as crises sucessivas que levaram emergência para o estado é preciso considerar ao menos três fatores:

    a influência do El Niño

    o atraso do “inverno amazônico”, como é conhecida a estação chuvosa na região

    o impacto do aquecimento do Oceano Atlântico.

    Juntos, os fenômenos climáticos fizeram o Rio Acre mudar completamente de panorama em um intervalo curto no mês de fevereiro. No dia 15, seu nível era de 7,06 metros. Já no dia 22, subiu 5,97 m metros no período de 24 horas em Assis Brasil, cidade por onde entra no país. Atualmente, já chegou aos 17,52 metros na capital, Rio Branco. Esse rio inundou sete cidades.

    Contexto: o Acre enfrenta cheias que atingem 100 mil pessoas, com 19 das 22 cidades do estado (86%) em situação de emergência, áreas sem energia elétrica, aulas suspensas, plantações perdidas e o registro de quatro mortes. Apenas nos abrigos mantidos pela prefeitura de Rio Branco são mais de 4,3 mil pessoas alojadas, segundo a Defesa Civil Municipal.