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    Após seca histórica, povos indígenas no Acre dividem área de terra com risco de conflito, diz entidade

    Por g1

    Dois povos indígenas da Amazônia, os Mashco Piro e os Manchineri, correm risco de conflito, de acordo com a entidade Manxinerune Tsihi Pukte Hajene (Matpha), que representa o povo Manchineri. A seca histórica dos rios, a ação de madeireiros peruanos e a escassez de alimentos estão forçando os Mashco Piro a se aproximarem em uma área de fronteira entre o Brasil e o Peru, aumentando a tensão entre ambos.

    Há gerações que os Mashco Piro e os Manchineri vivem na Terra Indígena Mamoadate entre o Peru e a cidade brasileira de Assis Brasil. Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a área é compartilhada em períodos sazonais de cada ano.

    A diferença é que, enquanto os Mashco vivem como um grupo étnico isolado, os Manchineri são um grupo de ‘recente contato’, ou seja mantêm relações de contato permanente com segmentos da sociedade nacional, mesmo mantendo autonomia, segundo definição da Funai.

    Nos últimos tempos, porém, membros dos Mashco Piro têm sido obrigados a se deslocar cada vez mais e até mesmo a entrar em áreas habitadas pelos Manchineri. Foi o que ocorreu no último dia 31 de outubro quando, segundo os indígenas acreanos, alguns membros do clã isolado invadiram uma aldeia em busca de mantimentos e saquearam uma casa. 

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